Gaeco volta ás ruas para dar continuidade na segunda fase da 'Operação Traquetos'

Durante a segunda-feira (21), o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) voltou as ruas para dar continuidade na segunda fase da 'Operação Traquetos', que tem como objetivo desmantelar um esquema milionário de tráfico de drogas em Mato Grosso do Sul com grande rede de batedores e pontos de apoio nas cidades Campo Grande, Anastácio e Aquidauana.

Nessa segunda parte, estão sendo cumpridos sete mandados de prisão preventiva e dois mandados de busca e apreensão nas cidades de Campo Grande, Corumbá e Santana de Parnaíba, em São Paulo.

O trabalho investigativo, que durou cerca de 17 meses, iniciado em agosto de 2021, resultou em uma série de prisões em flagrante por tráfico de drogas, como ainda identificou a estrutura da organização criminosa, que é dividida em “líderes”, “gerentes”, “batedores e transportadores”, e “guarda-roupas”.

O desdobramento só foi possível com a deflagração da primeira fase, que a partir da análise do material apreendido, dentre outras diversas diligências, revelou que ao menos outras sete pessoas integravam a organização criminosa, alvo dos trabalhos.

Conforme o Gaeco, um financiador do tráfico investiu cerca de R$ 1 milhão na atividade ilícita, gerando muito mais dinheiro e rentabilidade do que as aplicações financeiras de mercado. O investidor proveu o capital necessário para que a organização conseguisse adquirir cargas de drogas na fronteira do Brasil com o Paraguai, por meio de um traficante que sabia como operar no esquema.

Ao todo, 25 pessoas já foram denunciadas pelas suas respectivas atuações no esquema criminoso. A organização era estruturada, com divisão de tarefas e sempre contando com uma grande rede de batedores nas citadas anteriormente, com intuito de escoar a droga para as cidades de Bela Vista e Ponta Porã, região de fronteira.

Rememorando, o nome da Operação faz alusão à “cultura traqueta”, que é composta por hábitos, termos e símbolos que foram criados nos primeiros anos dos cartéis de drogas de Medellín e Cali. Destaque-se que, na Colômbia, os narcotraficantes à moda antiga são conhecidos como “traquetos”.